Uma delas estava dentro de uma casa no bairro Inocoop. No Jardim Novo I, o morador não permitiu a entrada dos policiais
(Da Redação) – Duas rádios que operavam sem a devida autorização dos órgãos competentes, ou seja, de forma clandestina, foram descobertas pela polícia anteontem. Conforme a versão das autoridades, enquanto os policiais estavam averiguando a suspeita da rádio pirata no Inocoop, chegou uma nova denúncia, de que uma outra estação estaria em operação no bairro Jardim Novo I.
Quando os policiais chegaram na casa para desativar a rádio, foram impedidos de entrar pelo morador. A delegada do 1º Distrito Policial, Sueli Isler disse que durante a madrugada de ontem, esse morador, um mestre de obras de 47 anos, retirou todos os objetos que pudesse incriminá-lo.
Dois homens foram ouvidos e depois liberados pelas autoridades. A polícia apreendeu farto material no imóvel localizado no Inocoop, como computador, mesa de som com quatro canais e DVDs. Já no imóvel localizado no Jardim Novo I, apenas a antena que seria usada para a transmissão ainda estava na casa, já que segundo a delegada, os demais objetos foram retirados da casa durante a madrugada. Todo o material apreendido deverá ser periciado e a investigação deve acontecer por parte da Polícia Federal em Piracicaba.
Uma rádio pirata é uma estação de radiodifusão em situação ilegal por não ter autorização de funcionamento expedida pelas autoridades governamentais competentes. As rádios-piratas são radiodifusoras não-autorizadas cujo sinal tem potência suficiente para atingir potenciais ouvintes.
Atualmente, montar uma rádio-pirata é relativamente fácil, sendo suficientes um transmissor, um aparelho de CD, uma mesa e um microfone.
No Brasil uma rádio é considerada pirata, portanto ilegal, quando não possui autorização (concessão) de serviço expedida pelo Ministério das Comunicações e licença para operar a radiofreqüência atribuída pela Anatel.
O grande perigo que as rádios-piratas representam encontra-se na interferência na comunicação aeronáutica, bem como prejuízos à comunicação entre órgãos de proteção civil, como a polícia, os bombeiros e as ambulâncias[1]. Alguns sustentam que algumas rádios-piratas seriam “rádios livres”, pois não teriam caráter comercial e não interfeririam na comunicação de outros meios, algo refutado pelas autoridades, sendo portanto as rádios livres tratadas como estações clandestinas e fechadas pelo órgão competente assim que descobertas.