O acesso à TV aberta ainda é precário nas regiões mais carentes do Brasil. Por isso, o governo deve buscar formas de expandir o sinal de televisão antes de redistribuir o espectro ocupado hoje pelo setor.
A opinião é do diretor-geral da Abert, Luís Roberto Antonik. “O acesso à radiodifusão é, sobretudo no Brasil, um fator de inclusão que não pode ser esquecido”, afirma.
Para se ter ideia, existe um grande potencial de crescimento da radiodifusão no país. Estudos da Abert mostram que o número de geradoras de TV, por exemplo, ainda é limitado no Brasil. São 512 no total e o potencial é de pelo menos 971.
De acordo com a reportagem, o debate sobre a redistribuição do espectro foi precipitada pelo governo por conta da pressão do setor de Telecomunicações, que pleiteia faixas de radiofreqüência para abrigar serviços de internet banda larga. A mais cobiçada pelas empresas é a de 700 MHz, hoje ocupada pela radiodifusão.
Para Antonik, a discussão de redistribuir espaço nesta faixa só deve ser feita a partir de 2016, quando termina o prazo da migração do sinal analógico para o digital. Ele afirma que nada pode ser definido antes do Brasil garantir o acesso de todos os brasileiros ao conteúdo da TV aberta.
Acesse aqui a íntegra da reportagem publicada na última edição da Revista Teletime sobre o assunto.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Abert