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Satélites de banda KA têm espectro preservado e investimentos garantidos

Nas duas últimas licitações de posições orbitais feitas pela Anatel, em 2014 e 2015, diferentes empresas planejaram lançar satélites em banda Ka, que ainda estão em construção.


Miriam Aquino


O Sindisat (Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite) comemorou a decisão defendida pelo Brasil, e aprovada na Conferência Mundial de Radiocomunicação da UIT (A WRC-15), que se encerrou na semana passada, de manter as frequências de 27,5 a 29,5 GHz para a transmissão via satélite em banda Ka.


”Essa decisão dá tranquilidade para os investimentos que estavam programados”, afirmou o consultor do Sindisat, Paulo dos Santos, no Encontro Tele.Síntese.


Na reunião da UIT, diferentes países estavam defendendo que essa faixa fosse identificada para o uso da banda larga móvel – o IMT – , mas a proposta acabou não sendo aprovada, por posição do Brasil e de países asiáticos e africanos.


Santos lembrou que a Anatel já vendeu 12 faixas de espectro para os satélites geoestacionários (que ficam a mais de 36 mil quilômetros) e nas duas últimas licitações – de 2014 e 2015 -, muitos desses satélites, que ainda estão em construção, virão ocupando a banda Ka (que ofertar a banda larga com antena menor).


A ocupação da faixa de 3,5 GHz que está reservada mundialmente para o serviço móvel ainda deve ser vista com cautela no Brasil, disse Santos, porque provoca interferência de até 30 quilômetros na banda C do satélite, usada para a transmissão de canais de TV.


Ele defende que a Anatel defina claramente os requisitos e aspectos técnicos que indiquem como esta banda poderá ser ocupada pelo celular sem causar interferência, e sugere o seu uso para small cells e femtocell.


Fiscalização de uso


Para Paulo Ricardo Balduino, da Abert, é fundamental também que seja realizado um estudo sobre o uso eficiente do espectro por parte do serviço celular, caso contrário, acredita, haverá uma demanda infinita por espectro pelo IMT.


”A radiodifusão já se conformou que ficará confinada na faixa de UHF, mas não se pode achar que a TV aberta está em desuso”, completou.


Nilson Roberto da Silva, gerente executivo de Relacionamento Institucional da EBC, disse, por sua vez, que a as emissoras de TV públicas têm papel complementar e não acessório aos sistema comercial de TV aberta e defendem a multiprogramação e a interoperabilidade na ocupação da faixa.


Fonte: Tele Síntese


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