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Com televisão digital, mercado prefere conteúdo adicional a interação

Quando o sistema de televisão digital começou a ser implementado no Brasil, entre 2006 e 2007, a aposta do mercado era nos aplicativos de interatividade exibidos na própria TV.


Estimuladas pelo governo, universidades brasileiras criaram o Ginga, um programa que serve de base para a criação desses aplicativos.


A HXD foi fundada em 2007 de olho neste nicho. Com base na tecnologia do Ginga, a empresa desenvolveu projetos como um simulador de compra de casas e outro específico para a Olimpíada, que exibe dados em tempo real do quadro de medalhas, agenda do dia e notícias. Nenhum deles prosperou.


“Quando o Ginga foi lançado, acreditava-se que haveria um mercado para criação de aplicativos para as emissoras. Mas isso não aconteceu. Apenas canais educativos ou governamentais investiram nessa produção, todos sem fins lucrativos”, explica o professor de mídia e tecnologia Francisco Rolfsen Belda, da Unesp.


Belda atribui o fracasso, em parte, à falta de internet de qualidade no país. “Os melhores aplicativos exigem uma boa banda larga simultânea, algo que o Brasil ainda precisa oferecer de forma mais ampla e barata.”


Salustiano Fagundes, 50, presidente-executivo da HXD, diz que a aposta do mercado está hoje na mobilidade e na chamada segunda tela, conteúdo adicional ao programa de TV que pode ser acessado por smartphone ou tablet.


“O novo telespectador quer assistir aos programas quando e onde escolher e ter interação com seus aparelhos móveis.”


Os produtos mais vendidos pela HXD, segundo Fagundes, são as plataformas de vídeo “on demand” e programas de segunda tela.


No Brasil, a série “Hannibal”, exibida pelo canal pago AXN, disponibilizou um aplicativo deste tipo para exibir detalhes dos bastidores e informações sobre atores e a trama.


Fonte: Aesp


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