“O SBTVD é líder mundial”, diz o consultor norte-americano Rob Gliden sobre a forma como foram negociados royalties do padrão de TV adotado no Brasil. Segundo o executivo, que falou nesta terça, 25, no Congresso da SET, em São Paulo, o padrão norte americano falhou neste requisito. Gliden diz os os fabricantes de TV terrestre nos EUA pagam entre US$ 24,00 e US$ 40,00 em royalties no país. Além disso, disse, diversos processos correm na justiça questionando os valores cobrados. “Diferentemente do DVB e do Fórum SBTVD, o ATSC não faz a negociação dos valores cobrados pelos detentores de royalties”, explicou. O consultor diz que os contratos com os fabricantes são confidenciais, portanto os valores não deveriam sequer ser abertos ao público. Contudo, quando a fabricante taiwanesa Visio se tornou a maior vendedora de televisores nos Estados Unidos, resolveu processar os detentores dos padrões, ao invés de pagar os royalties cobrados. Com isso, alguns dados se tornaram públicos.
“O Brasil foi o único que, ao invés de aceitar a declaração de cobrança de preços razoáveis e não discriminatórios, fez questão de negociar os valores anteriormente. E o mais importante, de preferencia a padrões abertos”, disse.
Sobre o período de transição para o digital no Brasil, Gliden deu uma dica: “vocês precisam divulgar novamente o conceito de TV livre”. Para o consultor, o consumidor precisa ser lembrado constantemente sobre as vantagens da TV gratuita, e o período de transição seria o momento ideal.
Fernando Lauterjung.