AO PAULO. Em seu giro pelo pais a convite do governo federal, Arianna Huffington, fundadora do Huffington Post, o blog jornalistico mais importante dos EUA, participou ontem de um debate em Sao Paulo.
Ela comentou sobre o fenomeno de expansao de seu site, que mistura blogs de personalidades com reportagens e alcancou a marca de 26 milhoes de visitantes unicos, perdendo apenas para o New York Times.
Criado em 2005, o site ja e lucrativo e conta com US$ 25 milhoes para investimentos.
Arianna disse considerar projetos internacionais, inclusive no Brasil.
Ele disse que a midia tera um futuro hibrido, misturando a plataforma do impresso as novas plataformas digitais.
– O futuro sera hibrido. O impresso abraca a internet. E o Huffington Post abraca os melhores aspectos do impresso, que sao a checagem dos fatos, a precisao e o jornalismo justo.
Alem disso, ha algo no DNA humano que gosta de papel. Eu sou assinante de sete impressos.
Gostamos de ler jornal no cafe da manha. Nao tem nada a ver com o medo de sujar o iPad com marmelada – brincou.
Executiva quer conhecer Dilma Rousseff
A empresaria tambem defendeu o conceito do entretenimento da auto-expressao, fenomeno que move as midias sociais e ingressa no mundo jornalistico, com pessoas comuns reportando os acontecimentos na internet. Ela defende, porem, um lugar permanente para os veiculos de comunicacao como gcuradoresh ou guardioes do bombardeio de informacoes.
– A auto-expressao e a nova forma de entretenimento.
Todo mundo pode ser jornalista, o que nao significa que todo mundo sera um bom jornalista. No futuro, a credibilidade sera a coisa mais importante. As pessoas gostam de participar na vida e sentir que sao parte do desenrolar de uma historia, mas os editores precisam ser os curadores ou os guardioes, para evitar que todo esse conteudo seja colocado de forma crua ou sem avaliacao de validade – disse Arianna.
A executiva avaliou tambem que a presidente eleita Dilma Rousseff nao sera tao gseletivah na defesa dos direitos humanos e podera adotar uma politica mais dura com o presidente do Ira, Mahmoud Ahmadinejad.
– Estou ansiosa para conhecer Dilma Rousseff. Gostei do que ela disse sobre a necessidade de continuar as mudancas. Ela sofreu, foi torturada.
Acho que isso confere a ela um compromisso real com os direitos humanos no mundo inteiro, honrando os direitos humanos sem seletividade.
Poderemos ver uma mudanca na politica de relacoes com Ahmadinejad, que viola os direitos humanos regularmente. Seria uma mudanca positiva na politica internacional do Brasil – disse Arianna, que e americana de origem grega e uma das mulheres mais influentes do mundo, segundo a revista Forbes.
Em defesa do WikiLeaks
Questionada sobre a polemica em torno do WikiLeaks, Arianna Huffingtondefendeu os vazamentos dos telegramas diplomaticos americanos que tenham servido o proposito jornalistico de revelar que, as vezes, o governo dos EUA usou o sigilo para desviar a opiniao publica da verdade.
– Acredito que um governo necessita de algum grau de sigilo para funcionar, mas o que o WikiLeaks esclareceu e que o governo usava os segredos para desviar a opiniao publica. Eram segredos usados para evitar que a sociedade soubesse a verdade – disse Arianna, citando como exemplo as evidencias de que a politica dos EUA para o Afeganistao e um fracasso. . Nao e dever da midia proteger os poderosos de um vexame. Se fizeram algo vergonhoso, e nosso dever mostrar.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.