Depois das tensões com o cenário externo, que derrubaram a bolsa brasileira e levaram seu principal índice a voltar para os 65 mil pontos, o mercado acionário deve buscar uma recuperação no começo dos negócios desta terça-feira.
A indicação parte do Ibovespa futuro que, há pouco, subia 0,45%, aos 67.005 pontos.
Destaque da última jornada, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s colocou em perspectiva negativa o rating dos Estados Unidos. O Ibovespa perdeu 1,90%, aos 65.415 pontos – menor pontuação desde o dia 10 de fevereiro (64.577). O giro financeiro ficou em cerca de R$ 10 bilhões, dos quais R$ 2,45 bilhões partiram do exercício de opções. Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 1,14%, enquanto o Nasdaq recuou 1,06% e o S&P 500 perdeu 1,10%.
Nesta sessão, logo cedo, o Departamento de Comércio americano revelou que a atividade de construção de casas no país teve ampliação de 7,2% entre fevereiro e março, para 549 mil unidades. Na comparação com março de 2010, no entanto, o indicador caiu 13,4%. Os alvarás de construção, por sua vez, tiveram alta de 11,2% entre o segundo e terceiro mês de 2011, para uma taxa anualizada ajustada sazonalmente de 594 mil.
Perante março do ano passado, porém, houve queda de 13,3%. Nesta jornada, os agentes ainda estão atentos aos balanços corporativos internacionais, com destaque para os números do Goldman Sachs, do Bank of New York Mellon Corp, Intel, Johnson & Johnson e Yahoo!.
Pela manhã, as principais bolsas europeias subiam, assim como os índices futuros do mercado americano. Na Ásia, as bolsas reagiram mal à mudança de perspectiva da economia dos Estados Unidos.
Em Tóquio, o índice Nikkei 225 caiu 1,21%; em Hong Kong, o Hang Seng teve desvalorização de 1,30%; e, em Xangai, o Shanghai Composite baixou 1,91%.
Na cena corporativa local, a Usiminas afirmou ontem, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que não tem conhecimento do interesse da Gerdau em adquirir participação na companhia. A Usiminas informou ainda que a CSN votou na assembleia de acionistas realizada na quinta-feira passada, representada por uma participação de 9,45% no capital votante, ou 47.736.700 ações ordinárias, e de 5,02% do capital preferencial, ou 25.534.900 ações preferenciais. ‘A Usiminas não tem conhecimento de qualquer outra informação a respeito de eventual aumento da participação detida pela CSN no capital da companhia’, conclui o comunicado da siderúrgica.