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Comunicação sem fio entre máquinas está apenas no começo


A empresa LocatorOne vende rastreadores de carro que usam os chips de celular. “Se o alarme dispara, o rastreador liga para o dono”, explicou Valdemar Penna, diretor da LocatorOne. “O proprietário também pode ligar para o veículo, por exemplo, se esqueceu de fechar as janelas. Ele digita uma senha e dá um comando para fechar.” O serviço funciona com um chip pré-pago, pelo canal de voz do celular.

Outros serviços de comunicação entre máquinas funcionam pelo canal de dados. A empresa americana Cinterion produz módulos de comunicação sem fio, para máquinas que usam a rede celular.

De acordo com Marcelo Catapani, presidente da Cinterion na América do Sul, o maior mercado hoje é de rastreadores de veículos, e o segundo maior é o de máquinas de cartões de crédito e débito.

“Este ano, serão vendidos de 1,2 milhão a 1,3 milhão de módulos no Brasil”, disse o executivo. “Ano que vem, com a lei que obriga a instalação de rastreadores nos carros novos, esse mercado pode chegar a 6 milhões ou 7 milhões de módulos.” Segundo Catapani, a empresa vendeu cerca de 1 milhão de módulos em dois anos de Brasil.

Mercado. No segundo trimestre, os serviços de comunicação de dados somaram R$ 2,8 bilhões, o que equivale a 16,3% do total da receita das operadoras de celulares, segundo dados da Teleco. No mesmo período de 2009, eram 11,9%. A participação ainda é pequena quando comparada a outros países. No Japão, a participação dos chamados serviços de valor adicionado (que não são de voz) chega a 46% do faturamento.

Os celulares inteligentes, ou smartphones, são equipamentos com sistema operacional aberto, que podem rodar aplicativos desenvolvidos por terceiros.

Para o mercado de baixa renda, os fabricantes apostam nos chamados messenger phones, com teclado alfanumérico e serviços de internet, como correio eletrônico, redes sociais e mensagens instantâneas, apesar de não serem smartphones. “A expectativa é atender os clientes pré-pagos com esses aparelhos”, disse Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da Motorola Brasil.

De acordo com Marcos Daniel, diretor de vendas de celulares da LG no Brasil, o importante é a percepção do consumidor, e não a definição técnica de smartphone.

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