A indústria de jornais brasileira, diferentemente de mercados consolidados como o americano e o europeu, tem uma perspectiva de crescimento de circulação das plataformas impressas. Entre os motivos estão o aumento da massa de renda e a maior escolaridade da população. Este é o momento para começar a testar opções de cobrança por conteúdos digitais considerados de alto valor jornalístico, gerando receitas com a mudança de hábito dos leitores e com a publicidade on-line.
Essa é a opinião de representantes dos maiores veículos de comunicação do país, que se reuniram, em São Paulo, no 8º Seminário Nacional de Circulação da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
Para Antônio Manuel Teixeira Mendes, diretor-superintendente do Grupo Folha, que edita a Folha, o oferecimento de diferentes versões do jornal em plataformas digitais atrai o público jovem.
“O jornal não é o suporte onde ele está [papel]. Considero que os jornais têm um futuro brilhante pela frente nos meios digitais”, afirmou Mendes.
PAÍSES MADUROS
“A cada dia em que não cobramos por nosso produto, estamos reforçando a ideia de que a informação é gratuita”, afirmou no evento Walter de Mattos Júnior, presidente do Grupo Lance!.
Segundo Marcello Moraes, diretor-geral da Infoglobo, que edita o jornal “O Globo”, os testes devem ocorrer nos próximos seis meses. “O tempo está a nosso favor, o que não é o caso nos mercados maduros”, disse. Para Silvio Genesini, presidente do Grupo Estado, que edita o “O Estado de S. Paulo”, o setor tem de se mostrar mais coeso em relação à cobrança do conteúdo digital.
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